quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

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(Loui) - Já não bebo mais.

O que diriam todos os meus ídolos se me vissem nessa situação, decadente e sem buscar nenhum refúgio, artificial ou natural, de meios de meio esquecimento da vida? Minha liberdade de escolha me fez não me aprisionar a tais substâncias, que serviam de veneno e remédio às minhas influências, demasiadamente humanas.

A vida como ferida não tratada, do pus vivaz do cotidiano...sem ao menos o delírio daquela coçeira, que sempre aparece e que te leva a passar a unha na recente e epidérmica camada de lucidez. Afinal, queremos ver a casquinha crescer ou nos satisfazemos no sangue visível novamente?

O pior é saber que se está no caminho mais difícil e perceber que a escolha é sua. E que mesmo havendo várias placas apontando o caminho mais fácil para lá, você sempre esteve indo por aqui. Enquanto você tentasse pender para o outro lado, menos você seria.

(...)

Acho que eu nunca seria ídolo de ninguém.

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