Quando certa manhã Loui Tristche acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado numa criatura horrenda. Lembrou-se de Kafka, mas preferia ter perninhas a continuar naquela situação embaraçosa.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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Fórceps,
jesus voltará morto vivo,
Kafka Ralho,
um pézinho sujo na ficção
domingo, 9 de novembro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
2 álbuns, 2 medidas...
Imagine-se no já quarentão ano de 1966. Enquanto sua irmã põe uma saia vermelha rodada de pregas combinando com a Conga branca e o seu irmão assiste ao Vila Sésamo na tv de válvula, você, ó pobre adolescente-revoltado com seus pais, com o corte de cabelo militar padrão, ou com qualquer merda conservadora que aparecesse na sua frente, ganha seus primeiros mangos suados lavando o carro do vizinho....
E daí que você deixou de ver o Vigilante Rodoviário para trabalhar de semi escravo? O importante é que agora tem fundos para se jogar naquele seu óasis, que atende pelo nome de loja de vinil. Até o ar lá dentro parece diferente - o cheiro de poliuretano, o barulho do sino colado a porta e todas aquelas capas coloridas o fazem nem ligar para o Vanderlei Cardoso ouvido no talo da vitrola pelo gerente.
Tudo bem que o My Generation do WHO já supria sua secura musical, mas ele já estava precisando de uma companhia à altura, afinal, as crianças não estavam tão bem assim. Seu Kichute surrado parece deslizar até a prateleira dos Internacionais, tão vasta nesses tempos que você se imagina como sua mãe de vestido de bolinha enchendo a cestinha de frutas, no caso, frutas arredondadas e pretas , com 36 rotações e milhões de viagens inclusas.
Contudo, a Loja de Discos não é a venda da esquina, e os dizeres de "FIADO NEM A CARALHO" estão bem visíveis na porta, fazendo sua viagem Édipiana escapar entre seus insuficientes 20 mangos. Escolher apenas um parece tão auto mutilante, que até para o maldito dono da loja você pede ajuda. Ele lhe aponta os recém chegados Revolver, dos Beatles e para o Blonde on Blonde de Bob Dylan. Qual você escolhe?
A lógica de mercado te oferecerá a resposta mais fácil, o caminho mais curto da casa da vovózinha. Os terninhos alinhados, os cabelos de 'tigela mamãe que fez' tocando uma música medíocremente digerida lhe trarão dividendos até em casa. Ouvirás o Revolver com sua família feliz, de propaganda de margarina, e exprimirá toda sua rebeldia transgressora nuns acordes perdidos de cítara e numas viagens primárias de experimentação superficialmente produzida.
Ah, o fantástico mundo do Pop! Para que gastar seu pobre dinheirinho num drogado de voz anasalada e cabelo desgrenhado? Que ainda resolve lançar um disco duplo, que é folk mas usa guitarra eletrônica? Que foge dos padrões da indústria cultural, do Yellow Submarine grudento ? Aposte nos almofadinhas de Liverpool e quem sabe fature algumas groupies. Esqueça o americano tão chato de tão lúcido, do trovador prestes a (anfeta)minar sua própria carreira...
Agora volte ao mundo de playlists, Ipods e Iphones. De qual dos quarentões nunca se fala mal? Quem são os intocáveis da música? Quem é pedra e quem é vidraça?
A mídia conformista já escolheu seu lado mais vantajoso.
E você, que disco comprou?
E daí que você deixou de ver o Vigilante Rodoviário para trabalhar de semi escravo? O importante é que agora tem fundos para se jogar naquele seu óasis, que atende pelo nome de loja de vinil. Até o ar lá dentro parece diferente - o cheiro de poliuretano, o barulho do sino colado a porta e todas aquelas capas coloridas o fazem nem ligar para o Vanderlei Cardoso ouvido no talo da vitrola pelo gerente.
Tudo bem que o My Generation do WHO já supria sua secura musical, mas ele já estava precisando de uma companhia à altura, afinal, as crianças não estavam tão bem assim. Seu Kichute surrado parece deslizar até a prateleira dos Internacionais, tão vasta nesses tempos que você se imagina como sua mãe de vestido de bolinha enchendo a cestinha de frutas, no caso, frutas arredondadas e pretas , com 36 rotações e milhões de viagens inclusas.
Contudo, a Loja de Discos não é a venda da esquina, e os dizeres de "FIADO NEM A CARALHO" estão bem visíveis na porta, fazendo sua viagem Édipiana escapar entre seus insuficientes 20 mangos. Escolher apenas um parece tão auto mutilante, que até para o maldito dono da loja você pede ajuda. Ele lhe aponta os recém chegados Revolver, dos Beatles e para o Blonde on Blonde de Bob Dylan. Qual você escolhe?
A lógica de mercado te oferecerá a resposta mais fácil, o caminho mais curto da casa da vovózinha. Os terninhos alinhados, os cabelos de 'tigela mamãe que fez' tocando uma música medíocremente digerida lhe trarão dividendos até em casa. Ouvirás o Revolver com sua família feliz, de propaganda de margarina, e exprimirá toda sua rebeldia transgressora nuns acordes perdidos de cítara e numas viagens primárias de experimentação superficialmente produzida.
Ah, o fantástico mundo do Pop! Para que gastar seu pobre dinheirinho num drogado de voz anasalada e cabelo desgrenhado? Que ainda resolve lançar um disco duplo, que é folk mas usa guitarra eletrônica? Que foge dos padrões da indústria cultural, do Yellow Submarine grudento ? Aposte nos almofadinhas de Liverpool e quem sabe fature algumas groupies. Esqueça o americano tão chato de tão lúcido, do trovador prestes a (anfeta)minar sua própria carreira...
Agora volte ao mundo de playlists, Ipods e Iphones. De qual dos quarentões nunca se fala mal? Quem são os intocáveis da música? Quem é pedra e quem é vidraça?
A mídia conformista já escolheu seu lado mais vantajoso.
E você, que disco comprou?
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
HiaTuS CHaTuS NeCeSSaRiuS
Bobo, feio, chato e vagabundo?
Tá bom, deixarei de ser alguns milhares de binários inúteis.
Espero que o cyberespaço me agradeça - menos um peso morto atrapalhando a corrida dos downloads (ilegais).
COnsiderem este blog ativo novamente.
"Se é para o incômodo de todos, e a felicidade geral do meu (um)bigo...eu vorto (eita nóis!)"
DEPOIS NÃO DIGAM QUE NÃO AVISEI!
Tá bom, deixarei de ser alguns milhares de binários inúteis.
Espero que o cyberespaço me agradeça - menos um peso morto atrapalhando a corrida dos downloads (ilegais).
COnsiderem este blog ativo novamente.
"Se é para o incômodo de todos, e a felicidade geral do meu (um)bigo...eu vorto (eita nóis!)"
DEPOIS NÃO DIGAM QUE NÃO AVISEI!
quinta-feira, 5 de junho de 2008
200 anos de Solidão
Em 1º de Junho de 1808 nascia a Imprensa no Brasil. E como (quase) tudo no país o processo foi (e ainda é) extremamente contestado, caindo naquele típico jargão do “só podia ter acontecido no Brasil mesmo...”.
O criador: Hipólito José da Costa – um brasileiro nascido em Sacramento, hoje terra do Uruguai. A criação: O Correio Braziliense, 1º jornal a circular no país tinha cara de livro, mais de 100 páginas e era impresso em Londres. A linha Editorial: tinha um caráter marcadamente doutrinário de propagação de idéias liberais, não tinha preocupação de informar. Criticava abertamente a presença da Corte Real Portuguesa no Brasil.
Em linhas frias: Um brasiguaio criou um jornalão-calhamasso de textos longos, quase panfletário e sem o tal compromisso com a notícia, que além de tudo era editado e impresso fora do país e só aparecia por essas bandas graças a uma pirataria sempre presente dos marinheiros nos navios e suas mercadorias por debaixo dos panos, mas que já teria 3 edições, quando a Gazeta do Rio de Janeiro – jornal da coroa portuguesa no país – começou a ser impresso na Imprensa Régia, no Rio de Janeiro.
Nada mais Brasil do que isso.
O mais interessante dessa história é o caráter individual desta criação. O patrono da Imprensa Nacional fez todo o trabalho sozinho. Criação, edição, diagramação e impressão. E pode ter dado o 1º furo do país – antecipando-se a criação da Gazeta real.
A profissão de jornalista no país ainda acompanha esse início individualista. Mesmo com o estágio atual de profissionalização, divisão de tarefas e racionalidade de produção, o bom trabalho jornalístico continua sendo fruto essencialmente de um único bom jornalista. O que numa primeira vista pode parecer óbvio, mas que traz muitos desdobramentos. Escrevemos sós e para todos.
A solidão ainda acompanha o jornalista em boa parte da sua vida. Em deadlines cada vez mais mortais, o profissional, mesmo na agitação das redações – cada vez mais apertadas - só tem a companhia do seu reflexo na tela do computador na maior parte do seu tempo de trabalho. Como diria o beat Charles Bukowski – “Não que eu me orgulhe dessa solidão, mas é que ela faz parte de mim”.
Outro viés desta singularidade básica é certa visão de egocentrismo das pessoas e dos próprios jornalistas sobre o profissional das notícias. Desde cedo, nas Faculdades de Jornalismo, ainda são muitos os estudantes que sonham ser o William Bonner ou a Fátima Bernardes. A consciência de categoria passa longe de ser matéria pré-requisito do curso.
Passam alguns anos de curso e vários já se desencantam com essa visão hegemônica e personalista de Imprensa, percebendo que a profissão é muito menos midiática e romântica do que parecia. Mas não menos importante. Outros ainda continuam com essa visão e tentam manter esse modelo padronizador desnecessário de showrnalismo.
Todo esse individualismo adquirido acaba por criar um ambiente cada vez mais hostil entre os profissionais da área. Razão esta que pode explicar a atual crise de representatividade nos Sindicatos de Jornalismo no país, que por sua vez expõe a causa de não haver um Conselho Nacional de Jornalismo. Nas palavras de Pedro Venceslau, em matéria da Revista IMPRENSA (setembro de 2007) – “Fica difícil falar em Conselho e punição quando a categoria está tão distante dos seus representantes sindicais”.
Nesse ponto, a solidão inata da área termina por deixar os profissionais a mercê dos grandes conglomerados de comunicação editorializantes, que preferem ver um jornalismo pasteurizado e padronizado, que represente sua visão e seus interesses, a uma independência que é intrínseca a um bom profissional.
Que celebremos essa data histórica com toda a pompa que ela merece, apesar de tudo. Afinal não é todo dia que nos juntamos para fazer alguma coisa. E lembremos à importância de Hipólito José da Costa em cada texto e que seu exemplo (com todas as ressalvas históricas) guie nossa tão almejada liberdade de expressão solitária, 200 anos depois.
O criador: Hipólito José da Costa – um brasileiro nascido em Sacramento, hoje terra do Uruguai. A criação: O Correio Braziliense, 1º jornal a circular no país tinha cara de livro, mais de 100 páginas e era impresso em Londres. A linha Editorial: tinha um caráter marcadamente doutrinário de propagação de idéias liberais, não tinha preocupação de informar. Criticava abertamente a presença da Corte Real Portuguesa no Brasil.
Em linhas frias: Um brasiguaio criou um jornalão-calhamasso de textos longos, quase panfletário e sem o tal compromisso com a notícia, que além de tudo era editado e impresso fora do país e só aparecia por essas bandas graças a uma pirataria sempre presente dos marinheiros nos navios e suas mercadorias por debaixo dos panos, mas que já teria 3 edições, quando a Gazeta do Rio de Janeiro – jornal da coroa portuguesa no país – começou a ser impresso na Imprensa Régia, no Rio de Janeiro.
Nada mais Brasil do que isso.
O mais interessante dessa história é o caráter individual desta criação. O patrono da Imprensa Nacional fez todo o trabalho sozinho. Criação, edição, diagramação e impressão. E pode ter dado o 1º furo do país – antecipando-se a criação da Gazeta real.
A profissão de jornalista no país ainda acompanha esse início individualista. Mesmo com o estágio atual de profissionalização, divisão de tarefas e racionalidade de produção, o bom trabalho jornalístico continua sendo fruto essencialmente de um único bom jornalista. O que numa primeira vista pode parecer óbvio, mas que traz muitos desdobramentos. Escrevemos sós e para todos.
A solidão ainda acompanha o jornalista em boa parte da sua vida. Em deadlines cada vez mais mortais, o profissional, mesmo na agitação das redações – cada vez mais apertadas - só tem a companhia do seu reflexo na tela do computador na maior parte do seu tempo de trabalho. Como diria o beat Charles Bukowski – “Não que eu me orgulhe dessa solidão, mas é que ela faz parte de mim”.
Outro viés desta singularidade básica é certa visão de egocentrismo das pessoas e dos próprios jornalistas sobre o profissional das notícias. Desde cedo, nas Faculdades de Jornalismo, ainda são muitos os estudantes que sonham ser o William Bonner ou a Fátima Bernardes. A consciência de categoria passa longe de ser matéria pré-requisito do curso.
Passam alguns anos de curso e vários já se desencantam com essa visão hegemônica e personalista de Imprensa, percebendo que a profissão é muito menos midiática e romântica do que parecia. Mas não menos importante. Outros ainda continuam com essa visão e tentam manter esse modelo padronizador desnecessário de showrnalismo.
Todo esse individualismo adquirido acaba por criar um ambiente cada vez mais hostil entre os profissionais da área. Razão esta que pode explicar a atual crise de representatividade nos Sindicatos de Jornalismo no país, que por sua vez expõe a causa de não haver um Conselho Nacional de Jornalismo. Nas palavras de Pedro Venceslau, em matéria da Revista IMPRENSA (setembro de 2007) – “Fica difícil falar em Conselho e punição quando a categoria está tão distante dos seus representantes sindicais”.
Nesse ponto, a solidão inata da área termina por deixar os profissionais a mercê dos grandes conglomerados de comunicação editorializantes, que preferem ver um jornalismo pasteurizado e padronizado, que represente sua visão e seus interesses, a uma independência que é intrínseca a um bom profissional.
Que celebremos essa data histórica com toda a pompa que ela merece, apesar de tudo. Afinal não é todo dia que nos juntamos para fazer alguma coisa. E lembremos à importância de Hipólito José da Costa em cada texto e que seu exemplo (com todas as ressalvas históricas) guie nossa tão almejada liberdade de expressão solitária, 200 anos depois.
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Um vulto de normalidade
segunda-feira, 12 de maio de 2008
E então surge a mulher...
Escrevo sim, mas em desvantagem.
Meu cérebro é comprovadamente maior, mas de nada adianta. Sub utilizo-o da mesma forma.
Não tenho visão periférica. Já nasci antolhado...
Não passo da união de um cromossomo X - em perfeito estado e um Y - um X deformado.
Ela tem X e X. Perfeitos!
Acabei de descobrir que sou desnecessário até para reproduzir...e o que sobra da cópula, a parte quase-epiléticamente prazerosa, que 99% das pessoas buscam diariamente, um objeto qualquer de borracha e de forma fálica movido por duas pilhas AA pode fazer muito melhor.
Nem falo de abrir pote de palmito, trocar lâmpada ou pneu furado, jogar bola...porque isso ela já aprendeu a fazer. Resumo-me a insignificância moral da força física. E tenho de ficar satisfeito.
Da minha parte, nem vou falar de beleza. E dos meus pêlos no peito e da barba crescendo diariamente, fazendo-me lembrar do parentesco próximo a um babuíno.
Aí já seria golpe baixo...
mas falando nisso, já percebeu o quanto isso que você carrega aí embaixo parece estranho ao seu corpo?
Sim, homem, você está em extinção.
Nem adianta tentar formas alternativas de virar casaca, pois o máximo de sucesso que você conseguirá será um bafafá numa delagacia com o RONALDINHO. E uma voz bizarra, que só vai lhe tornar ainda mais ridículo.
Quer um conselho? alie-se já.
Quem sabe um exemplar do outro lado (mais abastado) apesar de tudo, goste de você. E você também goste dela (o que não será difícil).
Acabou de encontrar sua mulher perfeita.
Meu cérebro é comprovadamente maior, mas de nada adianta. Sub utilizo-o da mesma forma.
Não tenho visão periférica. Já nasci antolhado...
Não passo da união de um cromossomo X - em perfeito estado e um Y - um X deformado.
Ela tem X e X. Perfeitos!
Acabei de descobrir que sou desnecessário até para reproduzir...e o que sobra da cópula, a parte quase-epiléticamente prazerosa, que 99% das pessoas buscam diariamente, um objeto qualquer de borracha e de forma fálica movido por duas pilhas AA pode fazer muito melhor.
Nem falo de abrir pote de palmito, trocar lâmpada ou pneu furado, jogar bola...porque isso ela já aprendeu a fazer. Resumo-me a insignificância moral da força física. E tenho de ficar satisfeito.
Da minha parte, nem vou falar de beleza. E dos meus pêlos no peito e da barba crescendo diariamente, fazendo-me lembrar do parentesco próximo a um babuíno.
Aí já seria golpe baixo...
mas falando nisso, já percebeu o quanto isso que você carrega aí embaixo parece estranho ao seu corpo?
Sim, homem, você está em extinção.
Nem adianta tentar formas alternativas de virar casaca, pois o máximo de sucesso que você conseguirá será um bafafá numa delagacia com o RONALDINHO. E uma voz bizarra, que só vai lhe tornar ainda mais ridículo.
Quer um conselho? alie-se já.
Quem sabe um exemplar do outro lado (mais abastado) apesar de tudo, goste de você. E você também goste dela (o que não será difícil).
Acabou de encontrar sua mulher perfeita.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
la migraña
É estranho como as doenças unem as pessoas.
Nem falo dos tantos infectados 'dengosos', famosos e anônimos, aqui da terrinha perdida do 3o mundo.
Nem da Aids na África.(We are the world?)
Epidemias frutos de descaso, descuido e desvios de verba.
Nem falo dos tantos infectados 'dengosos', famosos e anônimos, aqui da terrinha perdida do 3o mundo.
Nem da Aids na África.(We are the world?)
Epidemias frutos de descaso, descuido e desvios de verba.
Falo de doenças inevitáveis.
O Pedro Almodóvar tem crises terríveis e sazonais de dor-de-cabeça. E fotofobia.
É um infeliz paradoxo, um diretor de Cinema sempre cercado de holofotes ter sensibilidade a luz.
Eu também tenho.
E não há glamour nenhum nisso.
Não há graça em perder noites ou até dias inteiros, desejando qualquer coisa que faça a sua cabeça insuportavelmente-pulsante explodir de vez.
Nem graça nem explicação.
A tentativa de livrar-se deste incômodo(de vez) pode passar por neurologia e acupuntura(p'ros mais racionalmente dotados) à pais-de-santo e reza-braba...mas não precisa descer-se a esse nível para chegar a um mesmo fracasso.
AINDA não sabemos muito do nosso único Deus, o cérebro, mas saberemos um dia como esses benditos MIOLOS funcionam.
Por enquanto, NÓS, vítimas de enxaqueca, migraine, la migraña, cefaléia tensional ou como quiserem chamar apenas esperamos nossa próxima crise.
E Eu, por suposto, espero para ver Los Abrazos Rotos, a nova película do Almodóvar, com nossas benditas experiências de fotofobia experimentadas em cena.
...
..
.
Ahn, meu compañero de enfermidad famoso também tem um blog agora:
http://www.pedroalmodovar.es/
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Las Gargantas que se rompen por los goles
"Bendito sea el mundial con que soñamos
Bendito cada nombre que ha sido designado
Bendito los pibes que siempre sacamos
El peso de la historia, el respeto ganado
Maldito sean los recuerdos dolorosos
Maldita la impotencia, la injusticia que vivimos
El volvernos a casa cada uno por su lado
Las finales sin jugar y quedarme en el camino
Bendita la anestesia general a los dolores
La tristeza que curamos con abrazos
Las gargantas que se rompen por los goles
El sentirnos los mejores por un rato
Malditos los sorteos y los grupos de la muerte
Los controles sin azar que asignaron nuestra suerte
Malditos los mezquinos que juegan sin poesía
Los que pegan, los que envidian, los que rompen y lastiman
Bendito sea el orgullo con el que entramos a la cancha
El potrero y la pelota no se machanLa tv que repite la gambeta
Inflar las redes de los otros, inflar el pecho de los nuestros
Merecer la camiseta
Los turistas, los cronistas, los sponsors, los amigos, el himnoy las mujeres siguiendo los partidos
Bendita las cabalas que dan resultado
Las risas y el llanto que guardaremos tanto
Y bendito ese momento que nos regala el fútbol
De poder cambiar nuestro destino
Y sentir otra vez y frente al mundo
Lo glorioso y lo groso de ser argentino!"
Bendito cada nombre que ha sido designado
Bendito los pibes que siempre sacamos
El peso de la historia, el respeto ganado
Maldito sean los recuerdos dolorosos
Maldita la impotencia, la injusticia que vivimos
El volvernos a casa cada uno por su lado
Las finales sin jugar y quedarme en el camino
Bendita la anestesia general a los dolores
La tristeza que curamos con abrazos
Las gargantas que se rompen por los goles
El sentirnos los mejores por un rato
Malditos los sorteos y los grupos de la muerte
Los controles sin azar que asignaron nuestra suerte
Malditos los mezquinos que juegan sin poesía
Los que pegan, los que envidian, los que rompen y lastiman
Bendito sea el orgullo con el que entramos a la cancha
El potrero y la pelota no se machanLa tv que repite la gambeta
Inflar las redes de los otros, inflar el pecho de los nuestros
Merecer la camiseta
Los turistas, los cronistas, los sponsors, los amigos, el himnoy las mujeres siguiendo los partidos
Bendita las cabalas que dan resultado
Las risas y el llanto que guardaremos tanto
Y bendito ese momento que nos regala el fútbol
De poder cambiar nuestro destino
Y sentir otra vez y frente al mundo
Lo glorioso y lo groso de ser argentino!"
http://www.youtube.com/watch?v=44OwOxUbgos
*Aula grátis de como se fazer um comercial, da Cerveja Quilmes.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Historinha para não dormir.
-Papai,papai!
-Fala, meu filho.
-Fui assaltado pela 1a vez!!
-Já não era sem tempo hein, muleque!
-Pois é, pai, eu era o único BV da turma.
-BV?
-É. Bolso Virgem.
-Dá-lhe filhão. Sempre me surpreendendo. Mas conta mais, levaram tudo?
-Ahn pai, só o kit básico...
-Dinheiro e celular...
-é...e foi tão rápido.
-Pô, filhão, levanta essa cabeça. Quem sabe na próxima você não leva uns tapas!
-Boa! Quem sabe também não reajo e tomo um tiro.
-Uma coisa de cada vez, Juninho. Um dia ainda vou reconhecer seu corpo no IML. Agora vai dormir.
-Tá bom. Boa noite, papai.
-Boa noite, filho. Papai está orgulhoso.
-Fala, meu filho.
-Fui assaltado pela 1a vez!!
-Já não era sem tempo hein, muleque!
-Pois é, pai, eu era o único BV da turma.
-BV?
-É. Bolso Virgem.
-Dá-lhe filhão. Sempre me surpreendendo. Mas conta mais, levaram tudo?
-Ahn pai, só o kit básico...
-Dinheiro e celular...
-é...e foi tão rápido.
-Pô, filhão, levanta essa cabeça. Quem sabe na próxima você não leva uns tapas!
-Boa! Quem sabe também não reajo e tomo um tiro.
-Uma coisa de cada vez, Juninho. Um dia ainda vou reconhecer seu corpo no IML. Agora vai dormir.
-Tá bom. Boa noite, papai.
-Boa noite, filho. Papai está orgulhoso.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Monossílabo Ditongo Decrescente
Depois de um hiato pós parto e um quase aborto bloguístico, torno a brindar-me (como único leitor deste infâme conjunto binário pré-fabricado) com meus vocábulos.
O EU, por conseguinte, será o personagem principal desta patacoada toda. Não aquele EU lírico que tudo pode, embuste de poetas, poetinhas e poeteiros...apenas EU, carne osso entranhas e miolos.
Ahh, os miolos!
Qualquer discordância póstuma aos textos pode culpar estas estruturas estranhas estreladas(aliteração?!Repita para seus amigos!). Mas trate-os com respeito, pois são sobreviventes...
Apresento-lhe também a senhorita SOBRIEDADE, que agora faz companhia a desolada figura do EU. Mais como uma simbiose. Se lhe fizer melhor, culpe-a também. Ela não deixa de ser responsável por isso tudo.
Incomodados que leiam de novo.
O EU, por conseguinte, será o personagem principal desta patacoada toda. Não aquele EU lírico que tudo pode, embuste de poetas, poetinhas e poeteiros...apenas EU, carne osso entranhas e miolos.
Ahh, os miolos!
Qualquer discordância póstuma aos textos pode culpar estas estruturas estranhas estreladas(aliteração?!Repita para seus amigos!). Mas trate-os com respeito, pois são sobreviventes...
Apresento-lhe também a senhorita SOBRIEDADE, que agora faz companhia a desolada figura do EU. Mais como uma simbiose. Se lhe fizer melhor, culpe-a também. Ela não deixa de ser responsável por isso tudo.
Incomodados que leiam de novo.
sábado, 15 de março de 2008
Insuportável Tédio
"O que tenho sobretudo é cansaço, e aquele desassossego que é gêmeo do cansaço quando este não tem outra razão de ser senão o estar sendo. Tenho um receio íntimo dos gestos a esboçar, uma timidez intelectual das palavras a dizer. Tudo me parece antecipadamente fustre.O insuportável tédio de todas estas caras, alvares de inteligência ou falta dela, grotescas até à náusea de felizes ou infelizes, horrorosas porque existem, maré separada de coisas vivas que me são alheias..."
Fernando Pessoa
Preciso mesmo dizer por que criei um blog?!
Fernando Pessoa
Preciso mesmo dizer por que criei um blog?!
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